Mais ações e Menos Pessoas

Faltando pouco menos de um ano para as próximas eleições que elegerão nossos representantes no âmbito municipal, pouco se viu de avanço no aprendizado do eleitor brasileiro quando da escolha de seus representantes, vez que uma grande parcela ainda discute pessoas e não ideias.

Discute personagens e não projetos. Enquanto discutir pessoas e personagens for o mote mais forte, o campo da discussão de soluções estará cada vez mais fraco e distante. As velhas práticas ainda encontram-se enraigadas de tal forma que pessoas e personagens são escolhidos por amizade, interesse individual e até mesmo por vantagens momentâneas ou vindouras. É mais do que necessário entendermos que a escolha de nossos representantes no executivo e legislativo é de suma importância para o crescimento e alinhamento de uma sociedade justa e igualitária para todos. Utopia? Talvez, mas sendo a política a arte ou a ciência de governar, outorgar poderes à pessoas sem as mínimas condições é ínfimo e inócuo para o sistema como um todo. Não produzem, não sabem produzir e muito menos conduzir.

Pessoas eleitas não preparadas fazem uso de suas competências para fins privados ilegítimos. O favor pedido à um político é a ignição que move os dentes das engrenagens de um sistema eivado de corrupção. Ainda que se acredite que um pequeno pedido não possui potencial ofensivo-lesivo é de salutar importância lembrar que a falta de uma pequena engrenagem, já ocasiona a deficiência no funcionamento do sistema. E é nesse sentido que devemos agir, pois devemos exigir nossos direitos sem ter que pedir “favores” a este ou aquele político.

Devemos exercer a nossa cidadania todos os dias e cobrar daqueles que são nossos representantes que façam o mesmo. Ser cidadão é ter direito e deveres. Ser cidadão é estar compromissado com o meio em que vive, afinal só sou o que sou pelo que nós somos “ubuntu”.