Marinha brasileira escolhe o Porto de Itajaí para a construção de novos navios para sua frota
O contrato assinado entre Marinha do Brasil e o consórcio Águas Azuis, para a construção de quatro navios militares em Itajaí, apresenta um valor aproximado de R$ 9,1 bilhões, preço final definido após uma série de adaptações no projeto da Mekko 100, uma embarcação alemã que será utilizada como base para o projeto nacional.
A principal mudança está apenas na classificação das embarcações que, licitadas como corvetas, devem deixar a linha de produção como fragatas – uma categoria acima entre os navios militares. A informação foi divulgada no último dia 04/3, através do Estadão, mas ainda não teve a confirmação da Emgepron, empresa de projetos da Marinha do Brasil.
O consórcio, capitaneado pela alemã Thyssenkrupp Marine System e pelas brasileiras Embraer e Atech, tem um projeto que prevê a transferência de tecnologia entre Alemanha e Brasil, mas o contrato deve estabelecer um conteúdo mínimo nacional obrigatório. Para a primeira embarcação, o índice de nacionalização é de 32%, com o percentual aumentando proporcionalmente com a entrega das embarcações seguintes.
As fragatas terão alta tecnologia embarcada e 107 metros de comprimento. São navios de guerra equipados com lançadores de mísseis de diferentes proporções e recursos stealth – sistema que torna as embarcações “invisíveis” aos radares. Cada fragata levará uma tripulação de até 136 militares e um helicóptero. A artilharia inclui mísseis antiaéreos Sea Ceptor, com alcance de 25 km, e mísseis antinavios de dois tipos – os Exocet, europeus, e os Mansup, nacionais. O alcance varia entre 70 e 180 quilômetros, com ogivas de 180 quilos de explosivos de alto rendimento. Essas informações também foram divulgadas pelo Estadão.
OUTROS EQUIPAMENTOS
Metralhadora .50 equipará os navios
As embarcações também terão canhões, torpedos e metralhadoras calibre .50. A assinatura do contrato ocorreu no Arsenal
da Marinha, na Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro. A partir de agora se inicia a fase de projeto executivo, com o detalhamento das fases de construção. A expectativa é que as fragatas comecem a ser produzidas em 2021, com previsão de entrega da primeira embarcação em 2024. As obras devem gerar dois mil empregos diretos em Itajaí, e até 8 mil empregos indiretos.
Radialista e Jornalista Profissional desde 1979 – Registro no MTF/PR Nº 0888 – Foi diretor de imprensa em prefeituras no Paraná e Santa Catarina. Atualmente aborda assuntos com foco no contexto do cenário político brasileiro e mundial. Como colunista de O Povo, traz análises e notícias exclusivas dos bastidores de temas diversos e relevantes para os catarinenses.
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